Sobre nós

Funcionamento

Horário de Funcionamento: 2ª a 6ª - 09:00h às 17:00h

Acervo

O Instituto Histórico e Geográfico Paraibano é a mais antiga instituição cultural da Paraíba em funcionamento. São 119 anos entesourando livros, antigos documentos referentes à Colônia, ao Império e a República, mapas, jornais e revistas fora de circulação, livros raros, arquivos privados; distribuídos na nossa biblioteca "Irineu Pinto", em nosso arquivo "Flávio Maroja", na nossa hemeroteca e no nosso acervo de obras raras.

Atualmente informatizados, livros e documentos encontram-se tombados em livros próprios e listados em catálogos disponíveis aos seus usuários. São cerca de 30 mil publicações e 32 mil documentos, higienizados e preservados graças ao trabalho de uma equipe de especialistas pertencente ao Núcleo de Documentação e Informação Histórica Regional - NDIHR, da Universidade Federal da Paraíba realizado em 1997.

Acomodado em estantes especiais, arquivos e armários de aço, mapoteca, hemeroteca, todo seu acervo vem cumprindo o objetivo principal estabelecido desde a fundação do Instituto, em 1905, para preservar a memória da Paraíba.

Atividades Culturais

O Instituto promove diversas atividades científicas e culturais em sua sede própria, destacando-se:

  • Sessões ordinárias onde são apresentadas comunicações, por sócios e convidados, e debatidos temas de interesse do Instituto.
  • Sessões especiais em homenagem a figuras de destaque do cenário cultural, político, econômico e social da Paraíba.
  • Sessões solenes comemorativas de significativas datas locais e nacionais.
  • Cursos realizados, periodicamente, sobre assuntos históricos e geográficos.
  • Sessões-debate sobre assuntos de interesse coletivo ou para apreciação de trabalhos publicados por sócios ou convidados.
  • Conferências para exposição de temas relevantes, por especialistas, convidados ou sócios.
  • Comemoração de eventos importantes e de outras naturezas.

Publicações

A partir de 1909, o IHGP publica, com razoável periodicidade, a Revista do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano, que é responsável pela divulgação de vários trabalhos de sócios e convidados de renome com o fim de promover o estudo da formação cultural, local e nacional. Nelas vamos encontrar artigos, conferências e documentos inéditos de interesse de pesquisadores e estudiosos.

Além da Revista, tem editado várias publicações sobre as atividades do Instituto e outros trabalhos avulsos. Destaca-se a recente publicação da coleção dos Historiadores Paraibanos plaquetas de autoria dos sócios sobre a vida e obra dos primeiros historiadores conterrâneos.

Mantém, mensalmente, um Boletim Informativo sobre as atividades do Instituto.

Símbolos

Os símbolos do IHGP são: Comenda, Bandeira, Brasão e Hino.

Comenda do Mérito Cultural

Durante o primeiro mandato do presidente Joacil Pereira, por sua iniciativa, foi criada uma comenda para homenagear figuras ilustres que se destacassem nas letras, nas artes, na educação, na política, enfim, nos diversos setores da atividade cultural.

O presidente Joacil Pereira lançou a idéia na sessão de 22.11.91 e em sessão de 11 de janeiro de 1992 foi editada uma resolução aprovada em assembléia, na qual se consubstanciou a forma de homenagear as figuras iustres e instituições que merecem ser destacadas por sua contribuição à cultura.

Assim, foi criada a Comenda do Mérito Cultural "José Maria dos Santos", cuja denominação visou homenagear o grande jornalista paraibano, que foi sócio correspondente do Instituto e agora é patrono da Cadeira no 1. A resolução inicial que disciplinou a concessão da Comenda do Mérito Cultural sofreu vária alterações, mas continua em vigor, estabelecendo que as comendas sejam entregues em sessão solene, a cada 7 de setembro, data aniversária da fundação do Instituto.

Até agora, foram concedidas a Comenda " José Maria dos Santos " às seguintes personalidades:

Alcântara Silveira, Altimar de Alencar Pimentel, Ariano Villar Suassuna, Aurélio de Lyra Tavares, Clóvis dos Santos Lima (in memorian), Diógenes da Cunha Lima, Enélio Lima Petrovich, Fernando Whitaker da Cunha, Flávio Roberto Tavares, Francisco Iglésias, Guaracy de Castro Nogueira, Helena Raposo Carneiro da Cunha, Hermano José Guedes de Melo, Ivan Bichara Sobreira, Jarbas Maranhão, João Bosco Fernandes, João Claudino Fernandes, João Toscano Gonçalves de Medeiros (in memorian), José Alberto Kaplan, José David Campos Fernandes, José Trigueiro do Valle, Jorge Kesserling, Luiz Gonzaga Rodrigues, Luiz Pinto Ferreira, Marconi Góes de Albuquerque, Marcos Vinícius Vilaça, Mário Moacyr Porto, Mozart Soriano Aderaldo, Múcio Leal Wanderley, Nelson Saldanha, Neroaldo Pontes de Azevedo, Olavo de Medeiros Filho, Osias Nacre Gomes, Paulo Augusto Galvão, Sérgio Aquino de Castro Pinto, Vamireh Chacon, Vanildo Brito, Veríssimo de Melo, Waldemar Lopes e Waldemir Soares de Miranda.

As instituições contempladas com a Comenda foram a Arquidiocese da Paraíba, o Gabinete Paraibano de Leitura e o Jornal A União.

Todos os sócios efetivos do Instituto também foram agraciados com a Comenda do Mérito Cultural " José Maria dos Santos ".

A Bandeira do Instituto

O IHGP não possuía uma bandeira para utilizar em suas sessões solenes e, principalmente, nas ocasiões em que era necessária a aposição de retratos de figuras liustres em suas galerias de ex-presidentes de Estado e de ex-presidentes do próprio Instituto.

Em 18 de setembro de 1971, pela resolução 1/71, o Instituto resolveu adotar como seu símbolo oficial a antiga bandeira do Estado da Paraíba, respeitadas as disposições técnicas especificadas no Art. 2o da Lei Estadual n.o 266, de 21 de setembro de 1907.

A antiga bandeira da Paraíba foi criada no Governo do Monsenhor Walfredo Leal, pela Lei n.o 266, de 21.09.1907 e tinha fundo listrado de verde e branco, com os dizeres "5 de agosto de 1585", data considerada, na época, como da fundação da Paraíba.

Em 7 de novembro de 1922, o Governador Solon de Lucena, atrvés da Lei n.o 553, extinguiu aquela bandeira, acompanhando um movimento nascido no Estado do Paraná, visando acabar com todas as bandeiras estaduais.

A resolução 1/71 explicita que a bandeira será usada, sempre que possível, em solenidades realizadas no âmbito da sede do Instituto, podendo revestir fotografias, quadros e placas nos atos oficiais de aposição.

Essa resolução está assinada por toda Diretoria, constituída por Humberto Nóbrega, presidente; Deusdedit Leitão, 1.o Secretário; Sinval Fernades, 2.o Secretário; José Pedro Nicodemus, Orador; Olivina Olívia Carneiro da Cunha, Tesoureira; e Wilson Nóbrega Seixas, Bibliotecário-Arquivista.

Brasão de Armas

Em sessão extraordinária presidida por Flávio Maroja, a 7 de junho de 1913, o historiador Irineu Ferreira Pinto, apresentou um projeto de armas para o Instituto, trabalho artístico do pintor paraibano Genésio de Andrade. Pelo Presidente, foi nomeada uma comissão composta pelos sócios Álvaro de Carvalho, Coriolano de Medeiros e Matheus de Oliveira, a qual ofereceu parecer favorável a sua adoção. O brasão apresentado, apesar de ter sido aprovado, parece não ter agradado a maioria dos associados, tanto que ele nunca foi usado como timbre nas correspondências do IHGP.

Em 20 de junho de 1981, na presidência de Lauro Xavier, foi baixada a resolução 01/81, adotando um novo símbolo. O assunto havia sido entregue a uma comissão constituída por Deusdedit Leitão, Eurivaldo Caldas Tavares e Sinval Fernandes, a qual apresentou circunstanciada justificação para ser adotado um novo brasão.

Referindo-se ao símbolo adotado anteriormente, a justificação observa que se tratava de um brasão estilo italiano, em campo azul, vazado por uma faixa com a inscrição 7 DE SETEMBRO DE 1905, data da fundação do Instituto. Tinha na parte superior uma esfera armilar, em prata, e, na parte inferior, seis pães de açúcar, também em prata, formando uma pirâmide. No listel, em azul, vinha a inscrição INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO PARAIBANO.

Com base no antigo brasão, a comissão resolveu estilizá-lo, propondo a permanência do campo azul, tanto pelo significado heráldico como pelo efeito artístico que dele se colhe, em combinação com o amarelo. Ficou resolvido separar o campo azul com duas faixas ondadas, em prata, simbolizando os dois maiores rios do Estado - o Paraíba e o Piranhas.

A esfera armilar colocada na parte superior originariamente era posta em prata, tendo a comissão resolvido reproduzi-la em ouro, com ligeiras alterações em seu contexto, para melhor representação do fato histórico do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarve, cujo brasão foi adotado por D. João VI, em Carta de Lei, datada de 13 de maio de 1816.

A justificação menciona que, Raimundo Olavo Coimbra, em seu livro A Bandeira do Brasil, informa que "No pensamento de D. João VI, a esfera armilar, embora adotada inicialmente como símbolo pessoal de D. Manuel, estava consagrada como elemento representativo do Brasil. A comissão admitiu que a esfera armilar é univesalmente consagrada como símbolo do globo terrestre e, consequentemente, dos estudos da geografia, que é um dos fins das atividades culturais do Instituto.

Textualmente, a comissão justifica a permanência dos pães de açúcar no novo brasão: "Quanto aos pães de açúcar que figuravam no primerio brasão da Paraíba, adotado pelo Príncipe Maurício de Nassau, não poderíamos deixar de reconhecer o seu alto significado heráldico. Foram escolhidos, originariamente, como elemento representativo da riqueza local, na ambicionada exploração holandesa, do nosso açúcar, que, desde os primórdios da colonização, foi o fator econômico que contribuiu para a fixação dos pioneiros dessa atividade agrícola nas várzeas banhadas pelo rio Paraíba. A sua reprodução em ouro expressa, com mais propriedade, o seu significado heráldico e os fundamentos econômicos que justificaram a sua adoção pelos flamengos, motivo que perdurou através dos tempos com o açúcar a constituir o grande esteio da nossa economia. Invertemos a ordem da formação original em pirâmide para atender ao imperativo artístico de ajustá-los à configuração de brasão, que nos pareceu mais indicado às normas usuais da heráldica contemporânea".

E continua: "A Inscrição patriae Pro Gloria et Magnitudine, que sugerimos para o listel, foi o lema escolhido por Manuel Tavares Cavalcanti para a nossa Revista e figurou como dístico das palavras que aquele eminente conterrâneo escreveu como apresentação do primeiro número da nossa veneranda publicação. Perpetuá-lo, nesta oportunidade, pareceu-nos um preito de justiça e homenagem àquele ilustre paraibano ao ensejo das comemorações do seu centenário de nascimento".

Posteriormente, Teresinha Pordeus apresentou um outro projeto de autoria do publicista Milton Nóbrega, que foi aceito pelo Instituto. Todavia, continua sendo usado o brasão de armas que foi adotado pela resolução 01/81, de 20 de junho de 1961, o qual se encontra aposto no hall do Instituto - um trabalho de esmero artístico em azulejo vitrificado, de autoria do consócio Nivalson Fernandes de Miranda.

Hino do Instituto

O Instituto possuía seu Brasão, seu Lema e sua Bandeira. Estava faltando um hino para completar os elementos simbólicos representativos da instituição. O presidente Joacil Pereira, no final do seu segundo mandato, sugeriu que se fizesse o Hino do Instituto, sendo a idéia aprovada.

Ele mesmo encarregou-se de fazer a letra do hino, a qual foi musicada pelo consócio Domingos de Azevedo Ribeiro.

Letra de Joacil de Britto Pereira:

Cultuamos o passado,
Nesta Casa de Memória
Revivemos, lado a lado,
Feitos da nossa história.

Ideal que permanece
E se tornou perenal.
Viva chama que aquece
E nos faz ser imortal.

Paraíba nosso chão,
És grandiosa na luta.
Guardamos no coração
Seu destemor na disputa

Por ela morreram tantos...
Peregrino, o mais audaz.
Bravura que causa espanto
Seu heroísmo compraz.

André Vidal de Negreiros,
Grande na guerra e na paz,
Foi seu maior guerreiro
E estadista capaz.

O relevo do teu solo
Os teus rios, os teus mares,
Tudo encanta os olhos
Na pureza destes ares.

A Borborema, o Jabre
Apontam a amplidão.
E nas alturas se abre
Teu sonho de redenção!